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domingo, 10 de julho de 2011

Contra a redução das gratificações na PLC

       Uma consideração para quem acha justa a redução da gratificação de cargos comissionados propostos na PLC: o “buraco é mais embaixo”. Vejo que estes cargos são de suma importância e mereceriam ser bem remunerados. Nós que estamos nas escolas precisamos de uma boa “retaguarda” e de uma boa gestão do sistema de ensino. Seria imprescindível que as Gereds nos assessorassem bem, que na SED tivesse profissionais dedicados e competentes, que os recursos que hoje são administrados pelas SDR’s (deveriam ser administrados diretamente pela SED e Gered, a meu ver) fossem bem administrados…. Seria fundamental que os diretores das escolas fossem qualificados e que praticassem a gestão democrática. 
         Ora, sabemos que este não é o cenário da educação em Santa Catarina, pois a forma de provimento destes cargos é a indicação política. O profissional que atua nestas funções nem sempre é mais preparado e dedicado. Basta saber que o MEC, via UFSC, ofereceu aos diretores das escolas em 2009, um excelente curso de especialização em Gestão Escolar gratuito e online, e poucos foram os diretores que o fizeram. As muitas vagas que sobraram foram aproveitadas por AEs e ATPS que, por sua vez, são impedidos de assumirem cargos de direção nas escolas, veja a incoerência…
            Sabemos que muitos (não todos) assumem cargos de direção nas escolas como um degrau para conquistarem outros cargos nos “cabides de emprego”. São ausentes em relação ao trabalho pedagógico e negligentes no administrativo. Infelizmente são poucos os que assumem o imenso desafio de dirigir uma escola por vestirem a camisa da educação. Muitos inclusive fazem da escola verdadeiros currais eleitorais em tempos de eleição. Veja quantos profissionais da educação estão na SED, na Alesc, nas SDR’s, tudo graças ao apadrinhamentos políticos dos nossos deputados. 
         O que temos hoje é que, em sua maioria, cargos comissionados são ocupados por profissionais incompetentes e descompromissados, já que o requisito não é o currículo, e sim a filiação partidária e a dedicação nas campanhas. E o nosso maior exemplo é nosso atual secretário da educação que nem educador é… sem falar na diretora de desenvolvimento humano…
           Se o provimento destes cargos exigisse experiência ou qualificação comprovados mediantes provas de conhecimentos e títulos, comprovação de tempo de serviço prestados ao magistério (como os que os ACTs tem que se sujeitar todos os anos), a educação em Santa Catarina não seria o caos que vivemos hoje. Outra possibilidade seria a eleição direta dos cargos comissionados: diretores, secretários, enfim…  devemos lutar para que a gestão da rede estadual de ensino seja democrática como prega a LDB desde 1996, e para que todos os profissionais da educação sejam reconhecidos e bem remunerados em nome de sua qualificação e competência.

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