Rua Melvin Jones, 389 - Jardim Atlântico - Florianópolis/SC. - CEP: 88.095-400 - Fone/Fax: (48) 3244-2975 - Horário das aulas: Matutino: 7:45h às 11:45h - Vespertino: 13:15h às 17:15h

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Fotos do Dia D

Greve - Dia D Slideshow: EEB Rosa Torres de Miranda’s trip to Florianopolis, Estado de Santa Catarina, Brasil was created by TripAdvisor. See another Florianopolis slideshow. Create your own stunning slideshow with our free photo slideshow maker.

Fotos enviadas por Rita, Iara, e também do blog http://educacaoemgreve.wordpress.com/
Queria ter estado lá... Pelas fotos foi bem bacana, muita gente da escola compareceu... Valeu!!!

PROGRAMAÇÃO DA GREVE - 31/05

31/05/11ATO  EM FRENTE À SECRETARIA DE EDUCAÇÃO. FAREMOS O ENTERRO DO PLANO DE CARREIRA E FORRAREMOS AS PAREDES DA SED COM CÓPIAS DOS DIPLOMAS E CERTIFICADOS. HORÁRIO 14 HORAS.

Prezados colegas, é com pesar que não estou participando dos atos públicos e das atividades de greve. Sofri uma queimadura e preciso me recuperar, mas mesmo em casa, continuo na luta. Estarei acompanhando tudo via internet, pesquisando e alimentando o blog. Conto com vocês para me enviar fotos e notícias... Um forte abraço!!!
Denise

Professora expõe seu salário em relato dramático...

"Boa tarde a todos! 
     Me perdoem se me torno repetitiva e até inconveniente, mas no momento mesmo estou é desesperada! Vejo  os dias passando, meus colegas de categoria lutando, e eu aqui...parada! Literalmente. Em greve? Não. Porque nem isso é me dado o direito. Não posso lutar pela melhoria salarial da minha categoria, porque só tenho duas escolhas: ou luto pela classe, ou luto pelos meus filhos.

Comunicado do SINTE/SC sobre a Greve

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mais um blog falando a respeito da greve

Vejam a resposta de uma professora às provocações de Tebaldi: http://www.assistentesdeeducacao.net/. Recomendação da Rita. Abraços! Bom final de semana!!!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

CONVITE PARA O DIA D

Convidamos os professores, funcionários, pais e alunos a participarem do dia D, para pressionar o governo a pagar o piso salarial respeitando o plano de carreira para os profissionais da educação.
30/05/11- SEGUNDA-FEIRA (MANHÃ) E (TARDE)
 ATO NA PRAÇA TANCREDO NEVES, EM FRENTE ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (próximo ao SESC).
- Das 8h às 18h : Vigília na praça Tancredo Neves,  para forçar a abertura de novas negociações.
- 15h : Presença de Amanda Gurgel (Professora do Rio Grande do Norte).
- 18h : Ato das luzes saindo da praça Tancredo Neves e com encerramento no TICEN (todos com roupas brancas e velas).
    Estejam à vontade para comparecerem em qualquer horário. Teremos uma faixa vermelha bem grande com o nome da escola para que possamos nos encontrar. Haverá um grupo saindo da escola pela manhã - 9h.
Até lá!!!
Obs. Os professores não irão se responsabilizar pelos alunos, por isso, devem ser autorizados ou irem acompanhados pelos pais. 

Mais um desabafo...

Estamos lotando o blog da escola com textos, mas estas palavras são tão necessárias... Precisam ser ditas... Por favor, dedique parte do seu tempo para esta leitura:

Professora Marina Melz envia e-mail para o colunista Moacir Pereira com desabafo sobre a dramática situação da educação catarinense.
 
“Moacir:    Sei que vocês estão por dentro da questão da greve dos professores e, como cidadã, agradeço. No entanto, gostaria de sugerir uma pauta talvez ousada.
   Gostaria de informar pra vocês algumas coisas que, que eu tenha visto, não foram divulgadas na mídia e são, nada mais nada menos, do que a realidade dos profissionais da educação em Santa Catarina.
  Em primeiro lugar (e isso sim, já bastante divulgado) é uma grande contradição que o profissional da educação que é graduado, pós-graduado ou com qualquer outra titulação tenha um salário similar aos que tem apenas o magistério (nível segundo grau). Vamos ao exemplo: uma professora pós-graduada está em sala de aula e tem duas estagiárias trabalhando com ela. Quem prepara a aula, corrige trabalhos e, de fato, ensina, é a professora. Mais do que isso, ela tem a incrível missão de formar estes novos professores, ensinando as posturas de sala de aula. No entanto, segundo o projeto de lei apresentado pelo governo do estado, eles teriam o mesmo salário ou com uma diferença que não paga a alimentação de todos os dias.
     E falando em alimentação, pouca gente sabe mas, desde que foi implementado, o vale alimentação para os professores estaduais não teve NENHUM reajuste. Isso quer dizer que os professores ganham R$ 6,00 diários. Entre si, eles chamam este grande benefício de vale-coxinha. Há professores, por exemplo, que trabalham 60 horas (de manhã, de tarde e a noite) e passam o dia se alimentando com este valor. E, claro, não podem comer a merenda escolar. Ela vai pro lixo, mas não pode ser tocada pelos professores.Como se não bastasse, em dias de atestado médico ou de licença, este valor não é pago.
     Outra das boas curiosidades é que os professores daquele que já foi o maior colégio público de Santa Catarina, o Pedro II, precisam levar café e açúcar, caso queiram tomar o café. Imaginem vocês chegando ao jornal com um rolo de papel higiênico na bolsa porque o jornal não oferece. É o que acontece, literalmente. A direção da escola tem feito rifas para fazer os reparos necessários na escola. Esmolam doações para estas rifas. Se vocês entrarem na escola, verão ares-condicionados ‘gentilmente’ enviados pelo Governo Estadual nas caixas, porque a escola não tem estrutura elétrica para a instalação e muito menos dinheiro para reparos.
    Outra Lei que está sendo descumprida é a dos ACTS (Contratados em caráter temporário) não devem responder por 40% do quadro de professores que o Governo precisa realizar um concurso público. No Estado, já passa de 50%. Para o Governo Estadual é excelente, já que os ACTS não tem plano de saúde e outros direitos concedidos aos professores efetivos. A nova ameaça é que os ACTS que estão em greve não serão contratados no próximo ano. No entanto, não há professores suficientes. 
   Como já comentei com alguns colegas acompanhei uma pessoa que nem um semestre de faculdade tinha, nenhum documento ou prova de formação, ser escolhido para ministrar aulas de inglês. O que ele fez foi dizer que sabia. Os quadros estão incompletos até hoje. Há professores de física dando aula de filosofia. Tudo para manter os alunos em sala de aula, ocupados. Sem falar dos filmes que são exibidos enquanto não há professores. Sabe o ginásio de esportes? É o paradeiro de turmas inteiras que não tem professor. A ordem é fingir que estão aprendendo.
     As licenças-prêmio são verdadeiros castigos. Segundo a lei, a cada cinco anos em sala de aula, os professores tem direito a três meses de licença como bonificação. A verdadeira bonificação é a fome, já que o vale alimentação desta época é cancelado. Além de outros benefícios. Reduz em cerca de 25% a remuneração. Pra quem já ganha pouco, 25% é um rombo – vocês já foram apenas jornalistas, sabem disso. É comum também o boicote a este benefício, já que o governo não tem professores para colocar em sala de aula. Por exemplo, conheço uma professora que está tentando tirar esta licença há DOIS ANOS. Ela soma TRÊS licenças acumuladas. E não pode tirar porque não há substitutos.
      Enquanto a meta do Ministério da Educação para os próximos dez anos é tornar atrativa a carreira de professor, para atrair bons profissionais, em Santa Catarina esta é a realidade da educação.
      Repito, não sou sindicalista nem tenho nenhum tipo de relação com o Sinte. Sou uma cidadã – por sorte ou azar, jornalista – que não se conforma com pessoas que não entendem e não valorizam a legitimidade dos protestos. Muita gente pensa que o problema é o salário, sem perceber que ele é apenas a ponta do iceberg.
     Desculpem pelo desabafo. Tenho certeza que vocês saberão ouvir como bons profissionais que são. Qualquer coisa, me liguem a qualquer horário. Maria Melz.”

Pais, alunos e comunidade da EEB Rosa Torres de Miranda

    Sabemos que a greve causa transtornos para todos. Mas a nossa luta é legítima, e precisamos de apoio para que o governo cumpra a lei respeitando o plano de carreira da categoria do magistério. Para que a greve acabe logo precisamos de uma maior adesão. em nossa escola Muitos colegas que não aderiram à greve sentem-se coibidos pelas ameaças da Secretaria da Educação (descontos no salário e demissão), ou, infelizmente, não percebem a importância deste momento para a melhoria da educação pública como um todo.
     Por isso pedimos que façam valer a nossa greve através da ausência de seus filhos na escola, e da presença nos Atos Públicos e manifestações. Como a maioria da escola aderiu à greve, os alunos que não vierem para a escola não poderão ser prejudicados em relação às faltas e avaliações. Repito: os professores que não aderiram à greve não podem prejudicar os alunos que estão faltando de forma alguma. Quando a greve acabar faremos o possível para que a reposição das aulas seja feita com qualidade e de modo que não prejudique todo o período das férias.
   Fica o recado de toda a equipe da escola que está em greve...
  

ESCLARECIMENTO DOS PROFESSORES À SOCIEDADE CATARINENSE:

  O Governo de Santa Catarina se utilizou de horário nobre da tevê para aplicar mais uma mentira à sociedade catarinense, dizendo que estava disposto a pagar o piso salarial aos professores, quando na verdade isto não acontece, pois a proposta apresentada destrói Plano de Carreira dos Professores.
  Colombo acaba com a tabela que é classificada de acordo com a qualificação profissional de cada um. Em todas as categorias maior qualificação é igual a maior salário, para Colombo não. Ou seja, um professor com faculdade (nível superior) e que participou de diversos cursos ao longo da carreira ganhará o mesmo salário de um professor com magistério (Ensino Médio). Esta é uma das indignações que reforçou a adesão a greve.
    Quanto maior a qualificação e valorização profissional, melhor o serviço que será oferecido à sociedade. O SINTE/SC tentou evitar esta situação, solicitando oficialmente que o Governo Estadual apresentasse proposta de implementação do piso salarial de acordo com a Lei 11.738/2008 e da pauta de reivindicação da categoria, na qual piso é considerado vencimento inicial, sem incorporação de benefícios e que deve obedecer ao plano de carreira de cada estado. Mas, nesta semana, o governo apresentou uma proposta de pagar o mesmo piso para quase toda categoria, sem levar em conta a carreira profissional.
    Em função disto os professores mantêm a greve e aguardam o compromisso deste governo com a educação, apresentando uma proposta para implementação da Lei e pagamento dos retroativos.

     Contra todas essas distorções, inverdades e ilegalidades é que pedimos que a sociedade nos apóie nesta luta. O futuro da sociedade depende de uma educação de qualidade.
    Se o governo fizer sua parte, nós cumpriremos com a nossa, como historicamente fazemos, apesar das péssimas condições que nos são oferecidas.
    Contamos com seu apoio, compreensão e participação nessa luta.

Atenciosamente,
Professores da Rede Pública de Educação - SINTE
SINTE

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O governo não atende as reivindicações dos professores. Não é difícil entender seu desinteresse em melhorar a educação em nosso país. Pensem bem. Por que pagar o piso dos professores? Por que investir em escolas e infra-estrutura de salas de aulas? Por que criar um plano de valorização dos educadores do Estado? Para possibilitarem uma infra-estrutura melhor para o ensino e assim formar cidadãos pensantes, com conhecimento e senso crítico, podendo assim escolher melhor seus representantes?
Li na coluna do jornalista Paulo Alceu, que vem nos apoiando sempre em seus comentários sobre nossa greve, e achei importante socializar neste espaço:

- Os reflexos negativos nas salas de aula, entre eles a violência, são também produto do descaso dos governantes. Pode-se afirmar que são diretamente responsáveis.
- Que gerações estamos formando com professores desmotivados e lutando pela sobrevivência? Acabam sendo desrespeitados pelos alunos que não os vêem como diferencial.
- Uma categoria como a dos professores merece sim atenção e empenho das autoridades responsáveis pelo segmento. Faz parte do alicerce da educação. Até quando serão desrespeitados?

Queima simbólica dos diplomas


Profissionais da Educação realizaram hoje à tarde a queima simbólica dos diplomas e certificados em protesto à Medida Provisória que desrepeita o Plano de Carreira da categoria. O Ato passou pela Assembléia Legislativa e depois seguiu em passeata até a Secretaria da Educação. Não podemos aceitar a proposta que não valoriza a formação continuada e a qualificação tão necessária para a qualidade da educação. O piso deve ser implementado respeitando o plano de carreira de forma integral, até lá, a greve continua...
Imagens copiadas de http://educacaoemgreve.wordpress.com/
O governo faz circular um comunicado mentiroso na mídia, divulgando para a comunidade catarinense a proposta infame que fez ao SINTE na segunda feira, e convocando os professores a voltarem para as salas de aula, para acabarem com a greve. Fica claro que o governo quer colocar a comunidade contra os professores em greve, quer acabar com nossas esperanças de sermos atendidos em nossas reivindicações. A cada atitude do governo, fica claro que nossa luta será uma guerra de nervos. O governo quer nos calar, quer nos amedrontar, intimidar, pois, para ele, o que queremos, pode deixá-los sem caixa para os desvios que estão acostumados a fazer com nosso dinheiro.
Continuamos em em greve companheiros!!!

Assembléia Regional



A proposta apresentada pelo governo causou muita revolta dos trabalhadores em educação de São José e Florianópolis, constatada ontem na Assembléia Regional, seguida de passeata pelas ruas de São José. Nós da EEB Rosa Torres de Miranda (70% em greve) marcamos presença e iremos continuar firmes na luta! Amanhã (26/05) nos reuniremos na escola para debater novas ações e estratégias para fortalescer a greve. Pedimos o apoio também dos pais e alunos. Venham para a reunião! Participem dos atos públicos!

SINTE Regional de São José: PROFESSORES ATENÇÃO !

SINTE Regional de São José: PROFESSORES ATENÇÃO !: "LEVAR PARA A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA HOJE CÓPIAS DOS DIPLONAS DE GRADUAÇÃO E ESPECIALIZAÇÕES. ATT COMANDO DE GREVE"

Greve dos professores estaduais continua em SC

terça-feira, 24 de maio de 2011

Cresce a cobertura da greve nas mídias...

Vale reconhecer: Moacir Pereira - http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67 - tem sido grande aliado da causa dos professores nesta greve, e está trazendo à tona outras questões que vão além do salário... acolhendo inúmeros depoimentos de professores.
Hoje pela manhã, nossa greve foi para a pauta nacional do jornal matinal da Globo. E assim precisamos continuar lutando - aproveitando que a imprensa está nos dando espaço, e utilizando as redes sociais e espaços interativos na internet para marcar presença!
Abraço especial para os meus colegas que não estão com a identidade política perdida. Que acham que ainda vale a pena lutar por dignidade, cidadania, educação! Encontro com vocês na Assembléia daqui a pouco...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mais comentários sobre a greve

"Embora o governo diga á exaustão que vai pagar o piso do magistério, e pagará até porque passou a ser uma determinação judicial, enquanto não concretizar a promessa ficará só nas palavras. A categoria está cansada de reconhecimentos, a maioria em ano eleitoral, que infelizmente não se confirmam posteriormente. Caso a reunião de hoje entre os representantes do Sinte e do governo do Estado volte a transitar apenas por expectativas de realização é certo que a greve terá continuidade. O governo continua apostando num esvaziamento utilizando artifícios de pressão comuns na gestão passada como ocorreu com a circular nr° 691/11, onde impõe responsabilidades impedindo ações dos professores. Só que desta vez o ranço político/sindical não é à base da paralisação, e sim um direito de uma categoria que vem lutando não é de hoje para recuperar sua dignidade. Alunos e pais estão ao lado dos professores cientes de que se eles continuarem enfrentando na briga pela sobrevivência os reflexos estarão bem claros nas salas de aula. Está mais do que na hora de estabelecer uma relação mais estreita e saudável com profissionais que tem a responsabilidade de ensinar e orientar gerações. Deveriam ser melhor assistidos." Por Paulo Alceu em http://www.pauloalceu.com.br/

A GREVE CONTINUA...

Uma verdadeira decepção a vergonhosa proposta do governo hoje pela manhã. Nossa escola esteve presente em frente à Secretaria da Educação no momento da reunião de representantes dos professores com o Secretário Tebaldi. Aproveitamos para manifestar nossa indignação a respeito das ameaças aos grevistas proferidas em circular assinada pela Diretora de Desenvolvimento Humano. Veja: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/05/491078.shtml, e http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/2011/05/21/medida-provisoria-nao-esta-descartada/?topo=67%2C2%2C18%2C%2C%2C67#comments.

 Aproveito para divulgar a Assembléia seguida de passeata amanhã (24/05) no Centro Multiuso de São José a partir das 14h.                                     Mais um blog com informações a respeito da greve: http://educacaoemgreve.wordpress.com/.            A página de Moacir Pereira também está sendo constantemente atualizada - http://wp.clicrbs.com.br/moacirpereira/?topo=67,2,18,,,67.

domingo, 22 de maio de 2011

Resposta de uma prof. a Revista Veja. Leiam e reflitam!!

Professora responde à REVISTA VEJA....
eu sugiro dar uma boa lida no texto, pois vale a pena!
Boa leitura!
Beijos/Ana



Abaixo estou enviando uma cópia da carta escrita por uma professora que trabalha no Colégio Estadual Mesquita, à revista Veja.
Peço por favor que repasse a todos que conhecem, vale a pena ler.

RESPOSTA À REVISTA VEJA


Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberta de Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS razões que geram este panorama desalentador.

Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.

Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que pais de famílias oriundas da pobreza trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.

Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.

Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”.

Estímulos de quê? De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida.

Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina.

Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos, há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos, de ir aos piqueniques, subir em árvores?

E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência.

Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso.

Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução), levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero.

E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”, elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração;

Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário.

Há de se pensar, então, que são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave.

Temos notícias, dia-a-dia, até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares.

Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite.

E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos.

Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros. Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se.

Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade..

Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade! E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo

Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!!

Passou da hora de todos abrirem os olhos e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores até agora não responderam a todas as acusações de serem despreparados e “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO.

Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas.





♥ Helaine Rezende ♥




sábado, 21 de maio de 2011

Mais notícias da greve

MUDANÇA DE CALENDÁRIO DE GREVE NA SEGUNDA-FERIA (23/05/2011)
A REUNIÃO DO SINTE COM O GRUPO GESTOR DO GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA MUDOU DO CENTRO ADMINISTRATIVO PARA A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO.
HORAS: 10 HORAS DA MANHÃ.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Rosa Torres continua em greve!!!


Secretaria da Educação ameaça grevistas, mas não nos intimidamos e continuamos na luta!!!
Aqui não tem greve de pijama! Mesmo em greve, estamos trabalhando muito pela conscientização de colegas, alunos e pais.
Se a nossa greve tiver força ela acaba logo, para o bem de todos!!!

Apóie a nossa causa!!!

Acompanhe todas as notícias das atividades de greve no blog da escola http://escolarosatorres.blogspot.com, no blog http://sintesaojose.blogspot.com, e também na página do Sinte - www.sinte-sc.org.br.

24/05/11 – Assembleia Regional de São José e Florianópolis às 14 horas, local CENTRO MULTIUSO São José/SC

Depoimento da professora Amanda Gurgel

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Greve!!!

A greve do magistério estadual de Santa Catarina, iniciada no dia 18 de maio, conta com adesão de mais de 90% da categoria. Professores efetivos, ACTs, técnicos administrativos e assistentes educacionais decidiram dar um basta na forma desrespeitosa do governo de Santa Catarina que não cumpre a lei do Piso Nacional. Os servidores , por unanimidade, resolveram suspender as atividades, por tempo indeterminado, e vão às ruas para reivindicar seus direitos legitimamente conquistado.

FOTOS DAS ATIVIDADES DE GREVE





ATIVIDADES DE GREVE




Cerca de 70% dos professores e funcionários da escola estão em greve, e assim irão se manter até a implementação do piso nacional dos trabalhadores da educação na rede estadual. Desde o início do movimento, a nossa escola sempre marcou presença nas Assembléias, atos públicos e passeatas. Mesmo em greve, estamos trabalhando pela conscientização de outros colegas, alunos e pais para que apóiem a nossa causa. Nossa luta é mais do que legítima! Sabemos que a greve causa transtornos para todos, mas precisamos de apoio de toda a sociedade que quer uma educação pública de qualidade. Informe-se sobre a greve aqui, no site do SINTE: www.sinte-sc.org.br, e também no blog do SINTE de São José: http://sintesaojose.blogspot.com/.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

AGORA É GREVE!!!!


O Governo Estadual e a Secretaria da Educação continuam com a postura de descaso com os profissionais da educação. Hoje era o prazo dado pelo SINTE para um posicionamento final em relação ao pagamento do piso nacional da categoria, e a resposta foi negativa... Não temos mais que aguardar, exigimos o cumprimento de uma lei promulgada em 2008, contestada judicialmente pelo governo, que perdeu a causa em 8 de abril, no Supremo Tribunal Federal.
Cansados de tanto desrespeito, votamos pela greve!
Se temos o dever de humanizar a sociedade através do conhecimento e dos valores de cidadania, precisamos de dignidade, precisamos de respeito!
Precisamos exigir isso da sociedade e principalmente dos governantes.
Estamos batalhando por nada mais do que nossos direitos, que se estendem ao direito de toda a população que merece uma educação pública de qualidade. A qualidade de vida do professor reflete diretamente na qualidade de seu trabalho como educador. Como ser bom educador se o salário não nos dá condições de comprarmos um livro, investirmos em cursos de formação, ou sequer nos alimentarmos direito? Ao mesmo tempo temos que trabalhar em salas de aula lotadas, cheias de alunos com dificuldades sociais e psicológicas...
Somos cobrados por muitos e temos o apoio de muito poucos...
Hoje os educadores da rede de ensino catarinense deram um exemplo de cidadania!