A história da China está registrada em documentos que datam do século XVI a.C. em diante e que demonstram ser aquele país uma das civilizações mais antigas do mundo com existência contínua. Os estudiosos entendem que a civilização chinesa surgiu em cidades-Estado no vale do rio Amarelo. O ano 221 a.C. costuma ser referido como o momento em que a China foi unificada na forma de um grande reino ou império. As dinastias sucessivas desenvolveram sistemas de controle burocrático que permitiriam ao imperador chinês administrar o vasto território que viria a ser conhecido como a China.
A fundação do que hoje se chama a civilização chinesa é marcada pela imposição forçada de um sistema de escrita comum, pela dinastia Qin no século III a.C., e pelo desenvolvimento de uma ideologia estatal baseada no confucionismo, no século II a.C. Politicamente, a China, ao que parece, alternou períodos de unidade e fragmentação, sendo conquistada por vezes por potências externas, algumas das quais terminaram assimiladas pela população chinesa. Influências culturais e políticas de diversas partes da Ásia, levadas por ondas sucessivas de imigrantes, fundiram-se para criar a imagem da atual cultura chinesa.
Para a história da China após a Guerra Civil Chinesa, ver História da República Popular da China e História de Taiwan.
Pré-história
Na pré-história, a China foi habitada, possivelmente há mais de um milhão de anos, pelo Homo erectus, cujo espécime mais famoso é o Homem de Pequim, descoberto em 1923. Há indícios de atividade agrícola (milhete), datados por carbono de cerca de 6000 a.C. e associados à cultura Peiligang. A agricultura resultou em aumento populacional e na capacidade de estocar e redistribuir colheitas e de manter artesãos e administradores especializados. No final do Neolítico, o vale do rio Amarelo começou a tornar-se um centro cultural, com a fundação dos primeiros vilarejos.
Os "Registros Históricos", a primeira história abrangente da China, de autoria de Sima Qian, um renomado historiógrafo do século II a.C., relatam a existência dos chamados Cinco Imperadores. Aqueles soberanos foram sábios e exemplos morais semi-mitológicos e um deles, o Imperador Amarelo, é considerado o ancestral do povo chinês. Segundo Sima Qan, a hereditariedade do poder político foi estabelecida durante o período histórico seguinte, chamado de Dinastia Xia, modelo que foi perpetuado pelas Dinastias Shang e Zhou, já na era histórica. É durante este período das Três Dinastias que a China histórica começa a tomar forma.
O relato de Sima Qan - segundo o qual a Dinastia Xia teria sido fundada há 4000 anos - não foi até o momento corroborado pela arqueologia moderna, razão pela qual não se pode afirmar até o momento a existência daquela dinastia.
A China do presente
Ver artigo principal: História da República Popular da China
Com a proclamação da República Popular da China (RPC) em 1 de outubro de 1949, o país viu-se novamente dividido entre a RPC, no continente, e a República da China (RC), em Taiwan e outras ilhas. Cada uma das partes se considera o único governo legítimo da China e denuncia o outro como ilegítimo. Desde os anos 1990, a RC tem procurado obter maior reconhecimento internacional, enquanto que a RPC se opõe veementemente a qualquer envolvimento internacional e insiste na "Política de uma China".
Politicamente, o governo deixou de ser heterodoxamente comunista após a morte de Mao Zedong em 1976, apesar do Partido Comunista continuar no poder. Deng Xiaoping, mesmo não sendo o presidente de direito, foi de fato quem comandou a China durante a década de 1980. Em 1991 Jiang Zemin assumiu a presidência do país, governando até 2003, quando entregou o poder ao seu sucessor, Hu Jintao.[2]
Para a história da China após a Guerra Civil Chinesa, ver História da República Popular da China e História de Taiwan.